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Crise Energética: Cinco Perguntas que Precisam Ser Respondidas em 2023
Artigo

Crise Energética: Cinco Perguntas que Precisam Ser Respondidas em 2023

A turbulência do mercado e o realinhamento geopolítico após a invasão da Ucrânia pela Rússia colocaram em risco os meios de subsistência e a transição para a energia verde. Veja como os pesquisadores podem ajudar a superar as ameaças.

Nature, 2022


Avaliação Editorial

9

Qualidades

  • Abrangente
  • Analítico
  • Cativante

Recomendação

A crise global de energia ameaça populações em todo o mundo. A invasão russa na Ucrânia provocou embargos às exportações de petróleo russo para países europeus. Alguns países têm reduzido o consumo de energia e buscam alternativas, enquanto nações de baixa renda, como Bangladesh e Paquistão, sofrem com apagões e aumentos dos preços dos alimentos. Os preços da energia continuam altos, enquanto os países ricos em combustíveis fósseis dão as cartas. Nesta visão abrangente, os pesquisadores debatem como mitigar a crise e criar um futuro de energia verde para todos.

Resumo

O mapa energético global está mudando fundamentalmente.

Os eventos de 2022 alteraram a posição da Rússia no mercado global de energia. Por necessidade, as alianças energéticas mudaram – algumas foram reconstruídas, outras consolidadas. No ano anterior, mais da metade das exportações russas de petróleo e cerca de três quartos das suas exportações de gás foram para a Europa. A União Europeia busca agora o seu abastecimento de energia nos Estados Unidos, Argélia, Noruega, África e Oriente Médio. Os economistas têm monitorado as parcerias do G7 destinadas a fortalecer a solidariedade política e o poder de barganha.

A Rússia está aumentando as vendas de gás e petróleo para os países asiáticos, como Índia e China, e pode manter influência na aliança OPEP+, principalmente se os Estados Unidos e a Arábia Saudita continuarem em desacordo político.

A eficiência energética é fundamental para reduzir a dependência do gás natural liquefeito.

Mudar para fontes de energia mais ecológicas e transferir setores como fertilizantes e aço para outros países irá ajudar a Europa a reduzir a utilização de gás natural no longo prazo. As nações do Leste Asiático podem mudar do...

Sobre os autores

Andreas Goldthau é professor da Willy Brandt School of Public Policy, ligada à Universidade de Erfurt na Alemanha. Ele lidera o grupo de pesquisa do Institute for Advanced Sustainability Studies, também na Alemanha. Simone Tagliapietra é membro sênior do think tank Bruegel, na Bélgica. Ele é professor de energia, clima e política ambiental na Universidade Católica do Sagrado Coração, na Itália.