Neste trabalho bem fundamentado e inquietante, Richard Susskind — um renomado jurista e presidente da Society for Computers and Law — apresenta uma visão sóbria da inteligência artificial à beira de um crescimento desenfreado. Susskind mapeia cinco futuros possíveis impulsionados pela IA, revela os desafios morais, políticos e existenciais em jogo e alerta para instituições ultrapassadas e mal equipadas para lidar com o que está por vir. Após desmistificar as falácias que distorcem o pensamento público sobre a IA, ele encoraja a humanidade a pensar com clareza — e a agir antes que as máquinas o façam.
A tecnologia de inteligência artificial (IA) não é nova, mas está se desenvolvendo exponencialmente.
As pessoas imaginaram o advento da IA — tecnologia capaz de executar tarefas que normalmente exigem inteligência humana — já em 1818. Sistemas funcionais datam da década de 1950, quando o artigo As Máquinas Conseguem Pensar?, de Alan Turing, foi publicado. O primeiro boom da IA ocorreu na década de 1980, mas o grande salto ocorreu com o surgimento do aprendizado das máquinas. Os sistemas começaram a aprender com vastos conjuntos de dados, permitindo avanços como o Watson da IBM — um sistema que podia responder a consultas feitas em linguagem natural em vez de código — e o AlphaGo da DeepMind — um programa que superou o melhor jogador humano de Go em 2016.
Impulsionados pelo lançamento do ChatGPT em 2022, novos sistemas de IA logo começaram a revelar capacidades que excediam a capacidade humana. Em 2024, os cientistas de IA Demis Hassabis e John Jumper ganharam o Prêmio Nobel de Química após desenvolverem um modelo de IA chamado AlphaFold, que possibilitou avanços históricos na pesquisa sobre o enovelamento de proteínas. Avan...
Richard Susskind é doutor em computação e direito por Oxford e autor prolífico, com 11 livros publicados. Presidente da Society for Computers and Law, Susskind é professor do Gresham College, em Londres, e da Universidade de Strathclyde, em Glasgow.
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